sexta-feira, 20 de abril de 2012

Associação de catadores é inaugurada oficialmente no Moinho Velho

Com direito a bolo e café, a Associação dos Catadores e Classificadores de Resíduos Recicláveis Catalíder comemorou, um ano de trabalho e, na oportunidade, foi inaugurada oficialmente pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma).
A Catalíder atualmente possui 22 associados e tem sede no Jardim Moinho Velho. Estiveram presentes o secretário da Semma, Gilson da Silva e a coordenadora de resíduos sólidos da Secretaria e presidente da União das Mulheres de Colombo, Gisele da Silva.
“Estamos muito felizes, esse espaço é muito importante para todos, mais para as mulheres, porque agora elas não precisam carregar carrinho na rua e têm um pouco mais de conforto”, fala Graciolina Desiderio, ou, como mais conhecida na região, dona Kica, presidente da Catalíder. “Ainda é um espaço pequeno, o pessoal se reveza para conseguir trabalhar bem. A estrutura não é das melhores, mas já é alguma coisa”, descreve.
O secretário Gilson da Silva diz que a associação proporciona para o trabalhador um espírito de conforto e dignidade, e ainda ressalta que eles devem permanecer, acima de tudo, unidos, para conseguir fazer dar certo. “Este é um trabalho não tão simples, mas a parceria deles pode desenvolver muito mais a atividade” alega o secretário. “É difícil os catadores se unir por um ideal e eles mostram que conseguem” complementa Gisele, coordenadora de resíduos sólidos.
“Temos que educar nossa população para separar os recicláveis, para poder ajudar o trabalho deles e ainda desenvolver a cidade. Além de trabalharem, eles estão cuidando do nosso meio ambiente”, expõe Gilson.
O catador Moacir Luiz, de 21 anos, está na associação há um mês. Antigamente ele puxava carrinho na rua e agora agradece por poder estar ali. “Aqui é honesto, você soa a camisa, mas tem o dinheiro garantido. Eu gosto de trabalhar aqui, o ambiente é bom de trabalhar”, descreve Luiz. “As pessoas aqui são bem bacanas e animadas, todos gostam de trabalhar aqui”, conta Luana Barbosa, de 26 anos, que trabalha ali há algum tempo, mesmo grávida de 3 meses e meio.
Na associação, metade do terreno não é coberto ainda. “Quando chove, aqui vira um lodo e às vezes a água leva alguns materiais junto. Temos que correr atrás para ele não ir embora”, ironiza Luana.
O secretário de meio ambiente disse que irá providenciar, o mais rápido possível, melhorias para o espaço e para os catadores.

Eletrônicos
Nos próximos meses, a Catalíder passará a receber material eletrônico também, diretamente de uma empresa de Sorocaba (SP), a Alliance, que atualmente mantém uma parceria com uma cooperativa da cidade paulista, a Reviver.
Ontem, o representante da empresa, Getulio de Andrade, esteve presente no local para falar da parceria que será efetivada com a associação. “Essa destinação final dos eletrônicos vai proporcionar um valor mais agregado ao trabalho dos catadores”, afirma Andrade. “O valor do trabalho que produzimos a gente divide em partes iguais. Aqui não tem patrão, trabalhamos em parceria” diz dona Kica.
Eles ainda vão receber da empresa paulista equipamentos de proteção individual (epi’s) e treinamentos/capacitações.
Hoje os associados da Catalíder trabalham 8h por dia e 21 dias por mês (30 dias). Com o trabalho, recebem com os recicláveis, em média, R$ 2,87 por hora, R$ 22,96 por dia, R$ 482,16 por mês. Quando começarem com os eletrônicos, eles irão receber, além do valor com os recicl
áveis, aproximadamente R$ 6 por hora, R$ 48 por dia, R$ 1.008 por mês. Totalizando R$ 1.490,16 por mês.
(fonte: Jornal de Colombo) 

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